Sapato torto

Afogue-se em sua inocência.
Amargo sacrifício,
Da dama de vestido vermelho que lastima a realidade.
Um dia a mais para segurar parece uma eternidade em seus braços.
Segure a falsidade, você é frágil sem maquiagem.
Ela queria despertar de profundos sonhos,
Manter o corpo ereto em cima de um sapato torto.
Mas a traição a segurou...
Ela queria um buquê de flores,
Uma taça de champanhe para brindar com a arrogância.
Ela queria muitas jóias,
Um cordão de ouro para usar por baixo da pele.
Ela queria uma vida,
Apenas para desperdiçar e  deixar resíduos no chão.
Ela queria um sorriso para enfeitar seu sofrido rosto,
E encaixar naqueles quadros fúteis escondidos no sótão.
Mas a traição a segurou.
Doce cupido descrente.
Ela se suicidou.

Livre- arbítrio

Cave até a eternidade, onde haja esperança...
Onde a convivência seja agradável, não apenas uma obrigação.
Liberte-me disso,
Desse amargo sentimento, que as vezes corrói por dentro.
Ascenda as velas para as almas...
As vezes elas querem me abraçar e espremer estas angústias...
Precisamos...
De energia, persistência e fé.
Não consigo voar sozinho,
Tenho o livre-arbítrio, mas não posso escolher tudo.
Nós queremos o melhor de tudo,
As vezes esquecemos do nosso melhor,
E apenas prosseguimos sem compreender.
Nesses nossos gritos, estes agudos sons que interferem na noite
Eu quero irromper e me encaixar,
Em breves frestas de motivação.
Somos guerreiros...
Alguns se isolam,
Como se a solidão fosse a melhor amiga da dor.
E pensamos...
As vezes além do necessário.
Precisamos viver e não atingir uns aos outros,
Como se isso fizesse a diferença,
A verdadeira diferença...
Não apenas algo excentrico e supérfluo que dure um ou dois segundos...
Não somos imortais.
Equilibre-se...
Não em mentiras, lamentações ou vicios,
E sim em realidade, profundidade e vida.