Mesclas

Mesclas
....E o meu coração baterá por mais um ou dois segundos...Nunca estive tão sóbrio de mim.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

lucidez

Sente-se e tome um pouco de chá.
A recepção é agradável.
Esqueça as lágrimas da noite passada.
Agora você está pronta para performar outra vez.
As feridas se abrem. É difícil poupar os gritos..
Mas ao menos aperte a agonia com os dentes.
E alguns verão no movimento dos seus olhos a reviravolta traiçoeira.
Dançando valsa aos prantos.
Não jogue no chão o silêncio.
Ele precisa se perder no ar.
Deite-se'',ou então sente-se.
Se ao menos estiver lúcida

Esconda-se em suas fantasias.
Se ao menos conhecer a si.
O que terá deixado para aplaudir?

segunda-feira, 11 de março de 2013

A casa

O que são esses retratos espalhados pelo chão...
Luzes que morrem quando não estou.
Minha sagrada e estranha casa,
Dormindo no barulho dos dias,
E quando desperta, silencia...
Tão doce e sutil,
Que as vezes me prende ás paredes...
Ela quer me contar algo que no fundo e nos sonhos eu já sei...
Onde é o deserto para as palavras que correm do medo...
Luzes que morrem quando não estou...
Minha sagrada e estranha casa

sábado, 9 de março de 2013

O amanhã

Cruze os dedos e torça pelo amanhã,
Sem cinzas escuros cobrindo a imensidão do azul do céu,
Onde pássaros mergulham alegres no vento calmo.
Peça aos pensamentos que eles não se soltem,
Que não percam sua força de conexão...
E os rios brincam de lavar as pedras,
Como se a tarde não abrisse mão do pôr do sol.
Cruze os dedos e torça pelo amanhã,
Pela luz radiante tocando o rosto,
Então antes do beijo da eternidade, não dê opções,
Siga o caminho do arco íris...
Torça pelo amanhã,
Sem manipulações ou qualquer coisa que estrague o ser humano...
Diga boa noite.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Tente outra vez


Como é sacrificante dizer um olá,
Ou ao menos soletrar qualquer palavra.
Tente outra vez e os sonhos serão diferentes...
Como sombras que se perdem na noite calejada...
Abrace a própria carne, ela não é culpada pela dor emocional...
O que você procura não existe, ou existe em seus mundos de  ideologia,
De friezas, um tanto trincados à um fio de se romperem.
Não chore mais, posso ouvir dentro desse quarto estranho,
Os gritos de prisão, desejando ser livre para voar,
Sem ao menos saber que os pássaros também caem...
Se ontem foi um dia difícil,
Por favor faça de hoje o paralelo e não se esqueça....
Do meio, início e fim.
Você será um pouco diferente se não parar.

Sombra

Olha como ela se move.
Eu sei que isso é tão forçado.
É um sentimento  frio em noite agitada.
O quanto é desprezada,
Violentamente abusada...
E sangra sujando o chão...
Ela grita para o mundo pedindo ajuda,
Mera boneca de pano,
Movendo-se por fios de linha.
Ela tem 87 anos e não sabe o que buscar.
Um abuso espiritual,
Que a carne não tem valor...
Escolhas que derretem como vela.
Eu sei que o que ela busca é vida.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

O certo e o falho das frases


Algumas lágrimas caem, e abraços se perdem nas extremidades do tempo.
Como se tivessemos uma ultima chance de concertar tudo,
De remontar os corações trincados.
Hoje a luz do sol se põe,
Amanhã o que será de novo,
Nesse lugar apertado, imenso, apertado...
Abramos os olhos para essa cidade cinza,
Doentia e saudável,
O tudo e o nada das coisas,
O certo e o falho das frases,
Com ou sem sentido.
Correndo intensamente para apanhar os sonhos.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Ver

O quanto caminhar significa avançar,
Está tão vazio esses dias que torna-se receosa a semana que vem.
Alguns preferem fechar os olhos para adormecer,
Mas como agonizar esse peso no lado escuro.
Ao som confuso do violão,
A melodia se desprende.
O tanto de lágrimas coletadas,
É despejada sem teatro.
E quando se sente um pouco intocável,
Já não se abraça como antes.
E nunca foi como nos sonhos.
O quanto levantar significa ir a guerra,
Sem medo da frieza,
Cavando a trincheira para desfalecer.
O quanto acordar significa ver.